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Como promover a sucessão planejada nas empresas associadas a redes de negócios?

Dados do IBGE indicam que 90% das empresas no Brasil possuem perfil familiar. Além dos desafios que a sucessão familiar enfrenta - como as divergências entre gerações, controle das emoções e falta de comprometimento dos indivíduos -, um número significativo desses empreendimentos (aproximadamente 44%) não apresenta estratégias de integração às novas gerações, é o que indica a Pesquisa Global da PwC. Abaixo, conheça a Redemac - rede do varejo de materiais de construção com sede no Rio Grande do Sul - e as práticas de sucessão adotadas em suas empresas associadas.

Quem fez?

A Redemac começou no ano 2000 com a união de 11 empresários do setor que já tinham um relacionamento próximo e que resolveram unir forças para serem mais competitivos. A rede busca diferenciação por meio de uma marca forte, padronização visual e ações alinhadas para criar a percepção de grande operador no mercado, tanto para o consumidor como para os fornecedores. Desde 2016 a Redemac coloca profissionais na coordenação e liderança das equipes de trabalho, realiza planejamento estratégico por áreas e provisionamento orçamentário, além de consultorias específicas para assessorar a diretoria no desenvolvimento da visão estratégica.


Qual era o desafio?

A preparação dos associados para promover a sucessão dos seus empreendimentos é uma atividade crítica para garantir a continuidade de cada loja e da própria rede. A maioria dos associados consiste em empresas familiares, com dificuldades culturais e emocionais para que a sucessão seja um processo administrado. Além disso, a rede depende das novas gerações para manter as lojas competitivas e para ocupar as próprias posições de liderança no futuro. Formar essas novas gerações de líderes para as empresas e também para a rede é um grande desafio


Como a rede fez?

Para facilitar a sucessão nas lojas, a rede criou o projeto Jovens Empresários, no qual os filhos dos associados puderam participar de dinâmicas de grupo, avaliações psicológicas e de desenvolvimento de lideranças. Os jovens foram direcionados para serem os futuros líderes, fazendo com que o processo de sucessão seja planejado, orientado e principalmente de conhecimento de todos os envolvidos. A identificação do perfil profissional de cada jovem propicia a melhoria de seus pontos fracos e aprimoramento dos fortes, preparando a alternância da liderança e o empreendedorismo dentro da rede.


Qual foi o resultado?

O projeto Jovens Empresários foi coordenado por uma psicóloga contratada que definiu o perfil dos conhecimentos, habilidades e atitudes que devem ser focados na preparação dos jovens participantes. Vinte e quatro jovens participaram do projeto, com a integração e acompanhamento dos pais, para que ocorresse um processo planejado e de amadurecimento para a sucessão familiar. Além de gerar resultados positivos para as empresas, que passaram a ter sucessores melhor preparados, também gerou impacto positivo para a rede, que conta com novos empreendedores interessados em colaborar com a gestão da cooperação.


Fonte: "Redes, Alianças e Parcerias: ferramentas e práticas para a gestão da cooperação empresarial”(2019), Douglas Wegner.

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