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Como entrar no modelo de e-commerce em um segmento de alta competitividade?

Dada as inovações tecnológicas presenciadas nas últimas décadas, muitos clientes e prospects aderiram ao comércio eletrônico, sendo esse um dos fenômenos mais importantes em ascensão. O sistema de e-commerce possibilita aos consumidores o consumo de bens a serviços sem o impedimento de fatores como a distância e o tempo. O cenário competitivo, que já é forte longe da internet, é potencializado dentro do sistema de vendas online, de modo que pequenos e médios empresários viram nas redes de negócios uma possibilidade de entrar no jogo. Visando isso, conheça a estratégia adotada pela Redlar para aderir ao modelo de e-commerce e competir com os grandes players que já ocupam posições estratégicas em plataformas online.


Quem fez?

A Redlar é uma rede de móveis com 33 lojas no estado do Rio Grande do Sul. O segmento de móveis, embora tenha um perfil de consumo mais tradicional, vem experimentando significativas mudanças com a transformação digital. Os grandes concorrentes atuam fortemente no mercado de e-commerce, seja para efetivar a venda ou para atrair o consumidor até as lojas físicas. A Redlar percebeu a necessidade de desenvolver uma plataforma de e-commerce que, no início, funcionaria como suporte para as lojas, mostrando os produtos e oferecendo uma variedade maior do que as lojas físicas podem oferecer. O desafio era implementar uma estratégia de e-commerce que pudesse ser auto-sustentável e contribuir para alavancar vendas das lojas físicas.


Qual era o desafio?

A primeira solução de e-commerce da Redlar consistiu em uma plataforma com geolocalização em que a venda online era direcionada para o loja mais

próxima do comprador. Nesse modelo o e-commerce da rede estava limitado

ao raio de atuação das lojas, e clientes fora dessas áreas recebiam uma

mensagem dizendo que a rede não poderia atender aquele endereço. Além

disso, o fato de todas as lojas serem responsáveis pelo processo gerava dificuldades

para monitorar o processo de pedido do produto, entrega e montagem. A eventual falha de um lojista causava problemas para a rede como um todo, já que a exposição no ambiente virtual gera significativa repercussão, tanto positiva quanto negativa. O desafio da rede era reorganizar esse processo para gerar melhores resultados.


O que a rede fez?

A solução encontrada pela rede foi centralizar a operação do e-commerce com um dos associados e deixar de operar por meio do conjunto de associados. Essa opção também tornou possível operar fora do estado do Rio Grande do Sul, já que 73% de todos os negócios realizados por e-commerce no Brasil ocorrem no estado de São Paulo. Para isso, a rede passou a operar no formato drop-shipping, em que um operador logístico é responsável por coletar na fábrica os produtos vendidos por e-commerce, separar, etiquetar e entregar diretamente para o consumidor final. Esse modelo tornou possível vender para todo o território nacional e operar nos principais marketplaces do Brasil.


Qual foi o resultado?

O novo modelo ainda está em fase de testes, mas a rede já percebeu melhorias em termos de qualidade do processo (agora centralizado) e os benefícios de operar nos grandes marketplaces como Amazon, Americanas, Shoptime e Submarino. Embora cobrem uma taxa de 16% sobre o faturamento, esses marketplaces pagam à vista e a rede consegue reduzir muito o custo de aquisição de novos clientes. Esse novo formato contribui para gerar volume de negócios à rede e fortalecer o poder de compra do conjunto dos associados.



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