O estudo de 2 anos realizado com cafeicultores brasileiros fornecedores de importantes cadeias globais como Illy, Nespresso e Starbucks demonstrou que sim. Nesta pesquisa buscamos compreender como as práticas colaborativas com parceiros nacionais e internacionais influenciam as iniciativas de sustentabilidade das empresas. Os resultados indicam que a colaboração leva a criação de valor para estas empresas e a um aprimoramento de suas iniciativas de sustentabilidade e de seus processos relacionados à exportação. Nesse sentido, a pesquisa demonstrou que as empresas ganham ao compartilharem conhecimentos, rotinas bem como processos de pesquisa e inovações.
Um fato importante é que este estudo deu voz a fornecedores globais de alimentos atuantes em um país de economia emergente. As empresas nestes países enfrentam muito mais barreiras à sustentabilidade que aquelas em países desenvolvidos, pois lidam com vulnerabilidades como falta de infraestrutura logística, instabilidades políticas, sociais e econômicas. Ao fornecer para empresas de países desenvolvidos, estas empresas estão sujeitas às demandas impostas pelos consumidores desses países, que tendem a ser mais rígidos e exigentes do que os nacionais.
Os achados neste artigo fortalecem os argumentos para que as empresas colaborem umas com as outras e com órgãos de pesquisa e universidades para que alcancem seus objetivos de sustentabilidade e internacionalização.
Se interessou em saber mais sobre este estudo?
Você pode ler em:
Pereira, M. M., Arantes, R. C., Antunes, L. G., Hendry, L. C., Deboçã, L. P., Bossle, M. B., & Antonialli, L. M. (2021). Sustainability Initiatives and Collaborative Practices: A Study of Emerging Economy Suppliers. Latin American Business Review, 1-33.
Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10978526.2021.1930550
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